Como saber se está na hora de fazer terapia?

Psicóloga e pós-graduanda em Psiconutrição. Atua com Terapia do Esquema e atendimentos online, ajudando mulheres a fortalecerem sua autoestima e a construírem uma relação saudável com a comida.

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Você já se perguntou se precisa fazer terapia, mas ficou em dúvida se “é para tanto”? Muitas pessoas acreditam que só devem procurar um psicólogo em momentos de crise extrema. No entanto, a verdade é que a psicoterapia pode — e deve — ser procurada muito antes do sofrimento se tornar insuportável.

Neste artigo, vamos explorar os sinais mais comuns de que pode ser hora de buscar ajuda profissional, desmistificar o papel da terapia e mostrar como ela pode ser útil em diferentes fases da vida.


1. O que é a terapia e por que procurar ajuda?

A psicoterapia é um processo estruturado, baseado em diálogo, escuta e técnica, conduzido por um(a) psicólogo(a) capacitado(a). Seu objetivo é ajudar a pessoa a compreender seus sentimentos, comportamentos, pensamentos e relações, promovendo saúde mental, autoconhecimento e autonomia emocional.

Procurar terapia não é sinal de fraqueza — é um passo de coragem e responsabilidade com você mesmo. Afinal, assim como procuramos um médico quando sentimos dores físicas, também devemos procurar ajuda quando a dor é emocional.


2. Sinais emocionais de que você pode se beneficiar da terapia

Algumas emoções, quando persistem por muito tempo ou se intensificam, indicam que algo dentro de você precisa ser acolhido e cuidado. Os sinais mais comuns incluem:

  • Tristeza constante ou desmotivação
  • Ansiedade frequente, sem causa aparente
  • Sensação de vazio ou falta de sentido
  • Raiva desproporcional ou dificuldade de controlar impulsos
  • Culpa excessiva ou vergonha de si mesmo
  • Autoestima baixa e autocrítica constante

Se essas emoções fazem parte do seu cotidiano, a terapia pode ser um espaço de compreensão e transformação.


3. Sinais comportamentais que indicam necessidade de apoio

Além do que sentimos, nossas ações e hábitos também falam muito sobre nosso estado interno. Comportamentos que podem sinalizar a necessidade de ajuda psicológica incluem:

  • Dificuldade para dormir ou sono excessivo
  • Alterações bruscas no apetite
  • Isolamento social e falta de interesse em atividades antes prazerosas
  • Evitação de responsabilidades ou procrastinação crônica
  • Dependência emocional em relacionamentos
  • Uso de comida, álcool ou outras substâncias como forma de anestesiar emoções

Esses comportamentos, quando recorrentes, indicam sofrimento psíquico e podem se agravar com o tempo sem acompanhamento adequado.


4. Questões relacionais que podem ser trabalhadas em terapia

Relacionamentos interpessoais são uma das maiores fontes de conflito emocional. Muitas pessoas buscam terapia quando se veem em padrões repetitivos ou desgastantes nos vínculos, como:

  • Dificuldade de impor limites
  • Medo de rejeição ou abandono
  • Relações marcadas por dependência ou controle
  • Ciúmes excessivo
  • Comunicação agressiva ou passiva
  • Relações familiares tensas ou traumáticas

A psicoterapia é um espaço seguro para trabalhar sua forma de se relacionar, compreendendo feridas emocionais e aprendendo novas formas de se posicionar no mundo.


5. Terapia não é só para crises: autoconhecimento também importa

Um dos maiores mitos sobre a terapia é que ela é apenas para “quem está em colapso”. Mas a verdade é que a maioria das pessoas se beneficiaria da terapia em algum momento da vida, mesmo sem um diagnóstico clínico.

O processo terapêutico também pode ser procurado por quem:

  • Deseja se conhecer melhor
  • Quer entender suas motivações, crenças e decisões
  • Está passando por um momento de transição (mudança de carreira, fim de relacionamento, maternidade, etc.)
  • Busca mais equilíbrio emocional no dia a dia
  • Sente que está vivendo no piloto automático

A terapia ajuda a reconectar-se consigo mesmo, com mais consciência, compaixão e clareza.


6. Benefícios reais da psicoterapia comprovados por estudos

A psicoterapia não é apenas uma conversa — ela é baseada em ciência. Diversos estudos demonstram que ela:

  • Reduz os sintomas de ansiedade e depressão
  • Melhora a qualidade dos relacionamentos
  • Aumenta a autoestima e a sensação de bem-estar
  • Ajuda no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento
  • Melhora o foco, a produtividade e a tomada de decisões

A eficácia da terapia não depende apenas da gravidade do problema, mas do comprometimento com o processo e da relação de confiança com o terapeuta.


7. Quando procurar ajuda imediatamente

Alguns sinais devem ser encarados com urgência. Se você ou alguém próximo está:

  • Com pensamentos suicidas ou de autolesão
  • Vivendo um luto recente muito intenso
  • Sofrendo de crises de pânico frequentes
  • Passando por episódios de compulsão alimentar ou uso abusivo de substâncias
  • Em relacionamentos abusivos
  • Com sintomas físicos que não têm explicação médica

Nesses casos, a busca por um psicólogo deve ser imediata. O sofrimento não precisa ser enfrentado sozinho.


8. E se eu tiver medo de começar?

É muito comum ter dúvidas ou receios antes de iniciar a terapia:

  • “E se eu não souber o que dizer?”
  • “E se eu chorar?”
  • “Será que o psicólogo vai me julgar?”
  • “E se não funcionar?”

A verdade é que a terapia é um espaço de escuta sem julgamentos, sem pressa, sem respostas prontas. Você pode falar o que quiser — ou não falar, até se sentir à vontade. O psicólogo é um facilitador, e não um juiz. E cada passo no processo é respeitado no seu tempo.


O melhor momento para começar terapia é agora

Esperar o sofrimento virar urgência não precisa ser o caminho. Quanto mais cedo você buscar apoio, mais chances terá de viver com mais equilíbrio, consciência e liberdade.

A terapia não é um luxo, é uma forma de cuidado com a sua saúde mental. E assim como a gente escova os dentes todos os dias ou faz exames periódicos, cuidar da mente também é um gesto de amor próprio.

Se algo dentro de você já está pedindo por ajuda — mesmo que em silêncio — talvez essa seja a sua hora.

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